LANÇAMENTOS 2018

A CQI tem o prazer de anunciar seus primeiros lançamentos para 2018! A edição impressa do segundo volume de SUBURBANOS e o lançamento da graphic novel A FORCA no Social Comics.


Suburbanos - Volume II, 44 páginas, HQ em preto e branco.




A Companhia de Quadrinhos Independentes orgulhosamente apresenta a continuação de Suburbanos - Volume I (publicação indicada em três categorias no troféu HQMIX 2015), nos roteiros e desenhos de Paulo Chacon, em uma edição totalmente dedicada aos maiores heróis do subúrbio carioca: Melecman, Broto Maravilha, Capitão Bangu, Camelô Prodígio, Pingaman e Garota do Flamengo. Depois deles, a cidade nunca mais será a mesma... nem você! E ainda, em nosso suplemento especial: a vida e a morte do infame Seu Corunda! Prefácio de Hamilton Kabuna, quadrinista do coletivo Capa Comics. Solicite seu exemplar através do e-mail chacon92@bol.com.br ou leia pelo Social Comics!



Suburbanos Volume II, por Paulo Chacon:



Enfim, chegou o volume II. As pessoas que acompanham o trabalho da CQI sempre me perguntavam sobre isso. “Quando vai sair o segundo volume de Suburbanos?” E eu, todo enrolando com outras HQs e meu trabalho, dizia: “tá no forno, lançaremos em breve,” mas do jeito que as coisas estavam parecia mais que estava era na geladeira. Jorge Ventura, meu amigo e editor da CQI, também cobrava: “você precisa fazer um segundo volume, tem muita gente que se amarra nessas tiras”. Porém, em 2016, aconteceu a indicação da Companhia de Quadrinhos Independentes ao troféu HQMIX (Suburbanos foi indicado em três categorias e O reVerso do Morcego, de autoria do Jorge Ventura, foi indicado em quatro categorias). No fim não levamos o troféu, mas isso me motivou a escrever o segundo volume. E aperfeiçoar o que fosse necessário. A arte, o roteiro, o acabamento, enfim, eu acredito que sempre podemos melhorar nossos trabalhos. O leitor merece isso. 


Todos os personagens foram redesenhados, confesso que o resultado me deixou muito satisfeito. E aqui estamos. Não tenho dúvidas de que esse volume é melhor que o primeiro, assim como sei que o terceiro será melhor ainda. Aqui priorizei o mundo dos super-heróis, apresentados na edição anterior pelo personagem Melecman. Oficialmente, a equipe é formada por Melecman, Broto Maravilha, Capitão Bangu, Camelô Prodígio, Pingaman e Garota do Flamengo. Acredite, nenhum deles vale um centavo. Brinquei com alguns bairros onde morei no Rio de Janeiro e situações mais que inusitadas, protagonizadas pelos heróis mais picaretas e sem vergonha que vocês já viram. Ainda neste volume, nosso suplemento especial apresenta “seu Corunda” um velhinho indecente (e muito sem-vergonha), tarado por mulheres. Aproveitem cada tira, divirtam-se como me diverti escrevendo e desenhando. E é com muito orgulho que anuncio: Os Suburbanos estão de volta!



A Forca, 94 páginas, graphic novel em preto e branco.


Pessoas estão sendo mortas na cidade do Rio de Janeiro, enforcadas por um assassino misterioso que age quando menos se espera. Demerval é o investigador encarregado de por fim a esses enforcamentos. Este com certeza é o caso mais tenso de sua carreira policial. E se ele não tomar cuidado, pode ser o último. 

A FORCA é a primeira graphic novel da Companhia de Quadrinhos Independentes, escrita e ilustrada por Paulo Chacon e com o prefácio de Diogo Oliveira. A FORCA vem amarrada a muita ação, mistério e humor negro. Aventure-se com o investigador Demerval por um Rio de Janeiro em preto e branco... mas cuide bem do seu pescoço! Disponível no Social Comics!



A Forca, por Paulo Chacon:



Esta era uma daquelas histórias que estava adormecida na gaveta. Escrita no ano 2002, na época em que eu sonhava fazer faculdade de cinema. Confesso que a imaginei como um filme, indicando inclusive alguns ângulos de câmera no caderno em que eu a escrevia e assobiando uma suposta trilha sonora para as cenas mais impactantes. Realmente era um projeto que me empolgou muito. Mas, minha pretensão de fazer cinema não deu certo e eu acabei seguindo outro caminho, A Forca foi esquecida. Mais de uma década depois, com a criação do maravilhoso projeto chamado CQI, A Forca voltou à vida, dessa vez como uma HQ. E ganhou prioridade: dei uma boa revisada no roteiro e comecei a dar rosto aos personagens e cenários. Achei que seria fácil, afinal a história já estava pronta. Mas não foi; por necessidade do trabalho me mudei do Rio de Janeiro para o Mato Grosso do Sul, e entre mudança, adaptação ao novo ambiente de trabalho e me achar em uma nova cidade faltava tempo para desenhar. Mas não desisti e fui fazendo o que podia com o tempo que tinha ao meu dispor. Demorou mais ou menos uns sete meses, mas o resultado me deixou extremamente satisfeito, pois não desviou da ideia original e deu início a um novo passo para a CQI: a publicação de graphic novels. Esta edição conta ainda com o valioso prefácio de Diogo Oliveira, grande amigo de longa data, que abrilhantou mais ainda a obra. 



Mas o que é A Forca? Do que se trata realmente? Bom, a ideia sempre foi criticar o sistema judiciário, que trata o rico e pobre de maneira diferente; toda a trama se originou de um crime cometido por filhos de um empresário da alta sociedade carioca, e como de costume, não houve punição. Isso gera revolta e traz consequências; ai entramos no segundo plano, a questão do impacto social e da criação de justiceiros. E no meio disso, temos Demerval, o policial. Ele não julga, apenas aplica a lei. Tenta, dentro do possível, agir de forma integra em meio ao caos do Rio de Janeiro. Sua parceira Jaqueline, seguia pelo mesmo caminho até ser afetada pelo sistema; ela foi marcada pela impunidade e o horrendo crime de estupro que, infelizmente, ainda ocorre em abundância pelo país. Você vai ler sobre um Rio de Janeiro sem maquiagem, sem calçadão da praia de Copacabana, um Rio violento e perverso, porque só mesmo encarando a realidade pode-se tentar chegar à solução dos nossos problemas. No ponto visual, busquei oferecer uma arte mais madura em relação aos trabalhos anteriores. Aqui abusei bastante de ângulos e alternância de preto e branco entre os quadros. Vale também ressaltar um uso maior de onomatopéias, os órgãos que dão vida a uma HQ. Confesso que visualmente esta HQ ficou muito satisfatória. A sequência da volta para a casa de Demerval em meio a pensamentos sobre o caso é, para mim, pura arte. Ao fim de tudo, você pode perguntar: Ora é uma HQ para entreter ou gerar uma reflexão? É o que você quiser leitor, fique a vontade!




Comentários